quinta-feira, 8 de março de 2012

Carreira com o SQL Server

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Aproveitando o lançamento do SQL Server 2012 ontem, um artigo sobre carreira com o SQL Server...

É recorrente me perguntam sobre carreira, usualmente tocando o SQL Server, e hoje volto a escrever um pouco sobre o assunto, aproveitando os e-mails do Artur e Daniel que me pediram alguns conselhos. Além dos descrito abaixo, um post que escrevi em 2008 continua relevante: http://blogs.msdn.com/b/luti/archive/2008/07/21/mercado-em-alta-faltam-profissionais-problemas-na-forma-o.aspx.

O mercado de TI

A Tecnologia da Informação (TI) nunca precisou tanto de profissionais, claro que todos querem os melhor qualificados, mas a procura é por profissionais. Quer uma comprovação? Segue estudo da SOFTEX sobre carência de profissionais de TI no Brasil:

Software e Serviço em TI - A Indústria Brasileira em Perspectiva. Softex, 2009 (http://publicacao.observatorio.softex.br/_publicacoes/)

O gráfico não quebra em tipos de profissionais ou áreas, mas 140.000 de déficit em 2014 é um número significativo. Então vou usar uma classificação que carrego comigo dos tipos de profissionais (usando como referência a pirâmide abaixo), e note que ninguém pula etapas da pirâmide, é uma jornada que parte da base. 



  • Casos extremos: são as pessoas totalmente fora da curva, além de uma base científica muito forte, demonstram experiência e um conhecimento que chega a assustar. Você fica se perguntando se esse indivíduo é realmente desse planeta, é o Messi da TI.
  •     Na minha rede dentro do Brasil, acho que consideraria menos de 10 pessoas que estão nesse patamar.
  • Profissionais indispensáveis: Ok, ok, ok, sei que ninguém é insubstituível, mas sabe aquele profissional que se sair da empresa esta vai sentir muita falta e no médio prazo sua ausência pode até trazer prejuízo financeiro?
  •     Especialista: é aquele que conhece muito sobre um determinado produto e vai resolver os maiores problemas.
  •     Generalista: conhece de muitos produtos e acumula experiência para tomar as decisões mais críticas do negócio.
  •     Está em um nível de arquitetura, acredito que exige pelo menos 8/10 anos de profissão e sabe aliar TI com negócio. É uma referência dentro da empresa.
  •         Não quero entrar no debate filosófico do que é um arquiteto de software, respeito DEMAIS quem é um arquiteto de verdade.
  • Bons profissionais: são aqueles que vão liderar tecnicamente pequenos times, estão antenados com as novas tecnologias, estudam com frequência, querem inovar e evoluir na carreira.
  • Profissionais: aqui temos a massa trabalhadora, que sustenta a pirâmide, são estudantes que estão saindo das faculdades, pessoas que ainda vão subir, ou têm menos ambição profissional, não querem passar noites estudando e gostam de rotina e trabalho controlado.
***
Respondendo ao comentário do Flávio...

Obrigado pelo elogio, mas infelizmente hoje na Nimbus não considero termos nenhum profissional dentro dos "casos extremos", quem sabe no futuro se continuarmos melhorando.
Andei pensando na contagem desses profissionais, acho que vou reduzir o número para 5 ao invés de 10. :-)
***

Não me entendam errado aqui, você pode ser plenamente feliz em qualquer nível da pirâmide, porque ter um salário razoável e uma vida mais tranquila pode ser uma opção bem atrativa. Em qualquer lugar vamos precisar de profissionais de diversos níveis, e usualmente no topo estão os maiores salários, junto com as maiores dores de cabeça, complexidade e desafios.
No passado em um dia de muito estresse eu cheguei a pensar, como seria minha vida se eu me contentasse com menos “aventuras técnicas”? A ideia da tranquilidade me pareceu bem atrativa, mas alguns segundos depois meu lado geek me deu um tapa na cara e eu acordei...

O mercado SQL Server

Então vamos ao SQL Server. Bancos de dados têm uma característica interessante, você está sempre tocando outras áreas, seja a parte de rede, storage ou aplicação, então existem diversas especialidades para o profissional que pode atuar mais em uma frente ou outra. 
Em relação ao mercado mundial eu não busquei nenhum estudo recente, mas usualmente temos três players que dominam 2/3 do mercado, Oracle, IBM e SQL Server, nessa ordem de market share. 

O que vejo para o SQL Server no Brasil. O produto historicamente sempre foi tratado como banco para volumes pequenos de dados, não precisa de DBA e qualquer um instala (next > next > finish), o que não reflete nem de longe a realidade (isso já faz uns 12 anos, ok?!). Mas velhos hábitos e mitos são difíceis de morrer.

  •     Temos o SQL Server como um produto robusto que pode atender grandes volumes de dados (sem frescura de GBs, estamos falando de TBs e mais TBs) e ao negócio, sem comprometer escalabilidade, disponibilidade ou desempenho.
  •         Hoje a diferença entre os competidores está em detalhes, sempre existe item melhores em cada um (o que é ótimo!), e que devem ser analisados pelo negócio.
  •     Os sistemas pequenos cresceram para a casa dos X00 GBs e precisam de cuidado profissional.
  •         Gerenciar 10 GB é moleza e o desempenho costuma ser aceitável, então qualquer mané da conta do recado.
  •     Instâncias e bancos de dados estão espalhados em todo lugar que precisam ser organizadas e gerenciadas.
  •     Temos uma carência terrível de bons profissionais, DBAs por acidente estão em todo lugar.
  •         Conduzi diversas entrevistas e o resultado foi medonho, 10 anos de experiência como DBA e não sabe a diferença entre um índice cluster e um não-cluster?
  •         Partimos para entrevistar DBAs Oracle que poderiam se capacitar para trabalhar SQL Server, o resultado também foi horrível, o que indica que é um problema de todo o mercado.
Resultado: vagas e mais vagas abertas para trabalhar com SQL Server. A própria Microsoft costuma ficar com vagas de engenheiros de suporte SQL Server aberta por meses, sem um candidato qualificado aparecer por lá.

Os dados corporativos

Faz anos que BI e segurança estão na lista de maiores investimento das empresas, segundo o Gartner, se houver perda de dados o caos é generalizado e dependendo da perda, as empresas costumam falir (o número é assustador). As empresas sempre falam “os dados são nosso maior bem corporativo”. Verdade, pena que ninguém quer investir nisso e depois podem ficar fora do negócio.
Nesse ponto acho que todos somos “culpados”, principalmente no Brasil. Diversas vezes acho que encaramos alguns problemas levianamente, deixando convites para o desastre e caos.

A complexidade dos negócios, sistemas e o volume dos dados vêm aumentando alarmantemente, e quem vai ter que resolver esse problema são os profissionais dos dois níveis superiores da pirâmide, onde existe a maior carência.

Empresas vs. Funcionários

Você não é indispensável, sua empresa pode até dizer que “as pessoas são o maior bem da empresa” (junto com os dados), mas na hora “H” a corda arrebenta para o lado mais fraco, é novamente o “vs” enquanto as empresas dizem ser – e honrar - o “&”. 
Gerenciar pessoas é uma tarefa árdua, ainda mais profissionais de TI, alguns dos problemas:

  •     Empresas não querem qualificar seus funcionários, às vezes com medo de perder o profissional.
  •         “E se treinarmos o funcionário e ele sair da empresa?”
  •         “E se não treinarmos e ele resolve ficar?”
  •     Retenção de talentos: em um mercado aquecido é complicado manter os seus melhores funcionários.
  •         Prostituição: característica em alta no mercado, quem pagar mais leva. Só acho que gera insatisfação de ambos os lados e traz mais caos ao mercado.
  •     Recebimentos não proporcionais: acho que hoje as empresas estão pagando mais do que a maioria dos funcionários merecem. 
  •         Temos muita gente sem qualificação que conseguiu uma vaga por desespero da empresa, ganhando mais do que é justificável.

Uma curiosidade que aconteceu ontem. Estou terminando meu MBA executivo e estamos em um business game, que é um simulador de negócio, no estilo do desafio Sebrae. Ontem discutindo a estratégia para a próxima rodada do jogo uma amiga comentou “Olha lá, gastando muito dinheiro com treinamento, aposto que é de TI, nunca vi povinho para gostar de treinamento!”.
Essa impressão que uma gestora tem de TI me marcou. Na nossa área as coisas mudam muito rapidamente, provavelmente mais rápido que qualquer outra disciplina, e essa necessidade de treinamento verdadeira muitas vezes pode parecer supérflua para os gestores. Será que nós e nossos gerentes  não estamos falhando em demonstrar o dinamismo da área? 
No fim eu rolei de rir, ainda comentei que uma das frentes da Nimbus é de treinamento, mas acabamos por manter um gasto maior de treinamento para minimizar o turnover... deu certo.

Especialista vs. Generalista

Acredito que no Brasil hoje temos uma maior valorização do generalista, quadro que aos poucos acredito que deve mudar, não desmerecendo a pessoa que têm uma visão ampla, mas acho que a carreira em Y começa a chegar por aqui. 
Antigamente depois de X anos a única saída para um técnico era virar gerente ou se contentar com um salário mais baixo. Ridículo, e por isso hoje temos gerentes que não gerenciam, atrapalham as equipes, minam a confiança do cliente e colaboram com um ambiente ruim de trabalho.
Salários mais altos para técnicos que estão chegando ao topo da pirâmide estão aparecendo, outro dia um cliente comentou que na sua empresa o DBA Sênior, muito experiente e com tempo da empresa pode ganhar R$ 18.000,00 de salário base. Alguns ficaram impressionados, eu não, nada mais justo e apropriado para este cliente e profissional.

Soluções para este caos: não trago nenhuma.
Dicas para o profissional: 
  • Dinheiro não é tudo, mas é importante. 
  • Escolha um lugar que tenha uma cultura que você goste e se identifique. 
  • Sua empresa não investe no funcionário? Procure outra.
  • Avalie se o que sua empresa te paga é mais do que merece. Se sim, seja HONESTO e procure melhorar.
  • Seja auto ditada. Estude sozinho e entenda que são poucas pessoas dispostas a te ajudar.
  • Aprenda inglês, na nossa área é imprescindível.


Destaco: “Insubordination -- This is a tricky one. Good IT pros are not anti-bureaucracy, as many observers think. They are anti-stupidity. The difference is both subjective and subtle.”.

Trabalhando com SQL Server

Então vem a pergunta, e como eu começo a trabalhar com o SQL Server? Ninguém que abre uma vaga como DBA vai contratar alguém com zero de experiência, o que é um problema, dado que são raros termos cursos decentes de banco de dados (e produtos específicos) na formação acadêmica.
Mesmo não contratando sem experiência as empresas são experts em criar DBAs acidentais, também sem experiência como DBA, que são aqueles profissionais que possuem uma maior intimidade com o banco de dados e de repente... VOCÊ É UM DBA! Que beleza.

Muitos pregam que você só vai estudar uma tecnologia depois que cair em um projeto onde essa está sendo utilizada, e infelizmente é verdade na maioria das vezes, o que não significa que você não possa direcionar sua carreira.
No meu caso, eu fiz treinamentos, estudei livros e mais livros, fiz minhas provinhas de certificação (mesmo com muitos picaretas por aí ainda têm alguma validade) e fui tentando dentro dos projetos que participava me aproximar do SQL Server. Deu certo.
Com o tempo o profissional vai escolhendo as áreas em que pretende se especializar, relacionadas ao SQL Server. Isso só o tempo e suas preferências vão dizer.

Certa vez falando sobre trabalho alguém comentou que eu dei sorte na minha carreira por estar na Microsoft (na época). Sorte? Está de brincadeira? Passei anos estudando, trabalhando 12 horas por dia, dando aula, dormindo pouco, para alguém me falar que eu DEI SORTE?

É mais fácil colocar a culpa nos outros e na falta de sorte do que construir uma carreira...


***
Respondendo ao comentário do Freecia...

Primeiramente vou falar de grandes empresas, principalmente multinacionais, melhor se for de TI. Acho que TODO profissional deveria ter como objetivo na carreira passar uma temporada da vida trabalhando para uma empresa do porte da Microsoft, Oracle, IBM, Google, desejo que eu não tinha quando era mais jovem. Quando apareceu a oportunidade da MS eu fiquei na dúvida, pois tinha acabado de abrir minha empresa, mas resolvi tentar, entrei e fechei a empresa, não poderia ter tomado melhor decisão na minha vida.
Dentro da Microsoft tive a oportunidade de aprender muito, ver como funciona uma empresa global, ter contato com diversas culturas e diversos profissionais de altíssima qualidade, o que normalmente não se encontra em qualquer empresa. Trabalhei em duas áreas diferentes em duas cidades distintas com papéis bem diferentes, então pude notar os pontos fortes da empresa, os vícios e seus problemas (todas terão, não se iluda), mas acho que cresci profissionalmente 12 anos em menos de 4.
Acho que outras empresas de grande porte em que TI seja área meio irão te dar uma experiência muito bacana, mas acredito que o ritmo de MS ou Google e a aura que gira em torno da empresa é diferente.

Agora PFE – Premier Field Engineer
Foi uma experiência que recomendo para todos, mas saiba onde você está se metendo. Você estará com uma equipe muito bem qualificada, focado em uma tecnologia e respirando problemas diariamente. Provavelmente vai enfrentar casos onde CXOs de grandes empresas estarão no seu cangote perguntando se o problema foi resolvido (sem pressão! :-)) e terá que viajar, talvez muito.
Curiosamente eu entrei para o time de PFE sem ter atuado como suporte, nunca fui suporte per se, tinha passado de estagiário -> desenvolvedor -> consultor/instrutor quando entrei na Microsoft, e sinceramente, acho que pouca coisa vai preparar você para ser um engenheiro de suporte na MS, Oracle ou IBM. É mais importante ter um background técnico e acadêmico, conhecer a fundo o produto e ter uma abordagem estruturada para resolução de problemas, esse candidato é o que a área precisa.

Pontos positivos: têm que aprender se virar; aprende a fundo uma tecnologia; contato com equipes de suporte e fila de escalação, podendo chegar até o Bob Ward; contato com muitos clientes; 
Pontos negativos: tudo na Microsoft gira rápido, vida de PFE parece 24x7 para cada indivíduo (mesmo!); Muitas viagens (pode incomodar um pouco a família); Menor contato com o escritório (têm gente que faz uma carreira mais rápida no networking);

Em todas essas empresas grandes usualmente o salário é bem compatível com o mercado, então é um investimento de retorno.
Bottom line: tenha como objetivo de carreira trabalhar em uma grande empresa, você vai aprender melhor a olhar para o negócio, entender as pessoas e sobreviver melhor nas próximas empresas.

Sair da Microsoft não foi fácil, pelo contrário, foi a decisão mais difícil que tomei na minha vida. Sinto falta? Claro, dá saudade do pessoal, da empresa, das aventuras de PFE e DE (Developer Evangelist), mas felizmente ainda não me arrependi do novo caminho que segui.
***


Conclusão

Acho que existe muito espaço para profissionais de TI, e claro, de SQL Server. Acho que os salários são bem atrativos e minha aposta é que profissionais que trabalham próximos aos dados de uma empresa serão ainda mais valorizados nos próximos anos, inclusive já está bem popular uma profissão recente, o Data Scientist.

O mais complicado é que nem sempre é simples se tornar um DBA e as vagas se apresentam em menor quantidade que as de desenvolvedores, por exemplo. 
Esse artigo não é um puxão de orelha nem um desabafo, pelo contrário, ultimamente estou tentando ser o mais positivo possível nesse país, se conseguir sacudir a poeira de uma pessoa, já valeu.

Quer o topo da pirâmide? Não se iluda, não existe atalho.

[]s
Luciano Caixeta Moreira - {Luti}
luciano.moreira@srnimbus.com.br
www.twitter.com/luticm
www.srnimbus.com.br

8 comentários:

  1. Luti,

    Muito legal seu post. Ja que voce citou cargos de engenheiro dentro da Microsoft meses em aberto, gostaria que quando possivel voce desse o seu ponto de vista sobre o programa PFE. Como foi sua participacao nele, sua experiencia adquirida, com que experiencia voce chegou la. Como voce ja entrou no programa e saiu gostaria muito de ler de voce um pouco sobre isso.

    Abracos,
    Marcos Freccia

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  2. Luti que artigo fantástico! Irá abrir a mente de muita gente!

    Só deixar claro é que você é um dessas "pessoas totalmente fora da curva demonstram experiência e um conhecimento que chega a assustar. Você fica se perguntando se esse indivíduo é realmente desse planeta, é o Messi da TI"

    Abraço

    Luís Flávio

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  3. Rodrigo Ribeiro Gomes13 de março de 2012 às 13:22

    Eu "fico de cara" como eu, gostando muito da parte prática e técnica da TI, consigo parar e ler esses post do luti, que nao tem um DBCC ou um SELECT de uma DMV no meio.. Muito bom mesmo... a melhor parte foi essa: "mas alguns segundos depois meu lado geek me deu um tapa na cara e eu acordei..." Acho que vou passar uma semana rindo disso...

    Excelente post luti, excelente!!!!

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  4. Muito Bom! Obrigado por compartilhar experiências com aprendizes como eu, é de grande valor tudo o que disse. Parabéns!

    Anielson Rodrigues

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  5. Luciano,
    Grande Post, tenho estudado constantemente para conseguir entrar no mercado de trabalho de um DBA. Obrigado por compartilhar suas experiências e conhecimento.

    Grande Abraço,
    Emerson

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  6. Muito interessante seu post!!!! Obrigado.

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  7. Ótimo artigo! Me ajudou a ver algumas questões que tinha dúvidas.
    Por um ano foi um DBA acidental sendo coordenador de uma equipe técnica, depois de muitos feedbacks com meus superiores, me tornei um DBA Jr. e hoje trabalho com Oracle e SQL Server.
    É uma profissão empolgante!

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  8. Muito legal suas experiencias, estou determinado vou seguir em frente nesse caminho.
    Obrigado

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